Olá,
Antes de falar sobre o tema desse post, queria agradecer aos que entraram em contato me incentivando a continuar, dando suas opiniões.
Estou pensando em copiar a ideia do “Porta dos Fundos”, que fixou dias específicos para a postagem dos seus vídeos. Não tenho a pretensão de criar um aplicativo par ao blog, risos!, mas penso que, dessa forma, eu estaria me disciplinando a escrever, e manteria o blog vivo, respeitando a todos que escrevem, leem e acompanham. Ainda vou amadurecer essa ideia e mantenho todos informados por aqui.
Outro informe que queria passar é que alguns podem ter medo de comentar, porque o blog exige que se coloque o email na hora da postagem. Gostaria de dizer que o email não é divulgado junto com o post. Somente eu tenho acesso, e, mesmo assim, só faço contato, quando devidamente autorizado pelo autor do comentário, ou quando solicitado, ok?
Bem, falando sobre o tema, hoje, eu passei um dia muito gostoso na praia, com um amigo gay que fiz recentemente. A coisa teve inicio por um interesse sexual, como já aconteceu com tantos outros. Nunca nem nos beijamos, mas acabamos ficando amigos. Ele é super alegre para cima, e nós nos divertimos muito, porque brincamos com essa situação do ser gay, alguns esteriótipos, e algumas atitudes que fazem parte da cultura gay.
Com ele eu posso exprimir o que penso, porque sei que ele não vai se ofender e nem vai me julgar ou considerar preconceituoso. Acho horrível, quando digo que não curto a noite gls e ouço que preciso de terapia para me aceitar. Não concordo que precise me aceitar para ir a uma boite gay.
Somente penso que existem lugares nos quais nos sentimos bem ou não. Vou dar outro exemplo. Sou carioca da gema. Mas, não frequento a Lapa. Somente pelo fato de eu não curto Samba, nem a cultura do samba, cerveja e do malandro carioca. Odeio a maneira despojada e displicente que tenho visto, por exemplo, nos atendimentos em lojas, restaurantes, e prestadores de serviços. E isso não significa que eu seja preconceituoso, ou precise de terapia para me aceitar carioca.
Apenas, não concordo com essa maneira de agir e não curto a cultura. Ponto!
Mas, enfim, dentro dessa ideia, hoje discutia com esse meu amigo, o porquê o gay não se apega. Porque não pode ser natural conhecer um cara, se apaixonar por ele, namorar e casar? O que mais tenho visto são pessoas infelizes, que dizem buscar um relacionamento sério, mas que estão na “putaria”.
Discuti isso com outros caras, com quem tenho conversado num aplicativo, que, recentemente descobri, chamado Grindr.
Me cadastrei no aplicativo, inicialmente, achando que poderia ser diferente. Mas, tenho visto que é tudo a mesma coisa. Pessoas com corpos esculturais, sem rosto, com fotos de paisagens, se escondendo, com exigências absurdas em seus perfis, e que, no final, parecem que gostam de colecionar fotos e whats app, pois assim que você envia a foto e o whats app, simplesmente somem, te bloqueiam e nunca fazem contato.
Por que é tão difícil?
Penso em algumas coisas, mas não quero aqui, defender que essa seja a verdade absoluta, pois não sou estudioso do tema. O que vejo em primeiro lugar é uma cultura do corpo perfeito. Todos são saradíssimos, lindíssimos, e procuram iguais. Cadê o povo normal, que não vai à academia?
Depois, ninguém mais curte os pelos do corpo. Claro, que há os “bears” (ursos!), que são peludos, não necessariamente gordos, mas vejo que são a maioria. Mas, são um grupo à parte. A maioria se depila, ou apara os pelos.
Em primeiro lugar, os pelos tem uma função biológica. Estão ali para cumprir uma função fisiológica. A parte negativa é que produzem suor e odor. Mas, macho é assim!
Além disso, penso que a oferta é grande demais, sendo assim, o preço cai. Fazendo um paralelo com as leis de mercado, quanto maior a oferta, menor o preço, ou seja, quanto maior a oferta, mais fácil as pessoas desistem de investir, de conquistar. Não vejo o interesse em construir algo juntos.
Estamos vivendo uma cultura fútil, frívola, fugaz. (traduzindo, para os menos letrados: uma cultura sem conteúdo profundo, por consequência frágil, e passageira.) E isso não se concentra apenas nos relacionamentos gays não. As pessoas, em geral, querem encontrar um príncipe, ou princesa encantadas.
Não estamos interessados, em construir, conhecer, suportar, discutir, fazer dar certo, na grande maioria das vezes. Como é fácil encontrar alguém, (grande oferta), se algo não é bacana, não vai bem ou não está legal, as pessoas simplesmente somem! Não existe um espaço para uma conversa, exposição de motivos, e a colocação de um ponto final num encontro ou qualquer outra coisa que seja.
Parece uma grande exposição de matéria sem valor. Descartável. E, desrespeitável. Eu considero desumano, pois a outra pessoa é um ser humano, com sentimentos. E fica no vácuo! Não sabe se errou, onde errou e onde pode melhorar.
Onde está a educação? Onde está o respeito? Onde está a consideração pelo ser humano?
Esse comportamento me remete ao mais primitivo dos instintos animais, que se interessa apenas em satisfazer seus desejos e espalhar sua carga genética. Só tem um detalhe. Ainda não é possível engravidar um homem!
E outra… que merda de DNA corrompido é esse? Ainda bem que não pode ser replicado! Mas, a cultura, tem se perpetuado.
Esse meu amigo me dizia: “É assim!” E eu disse. Nós podemos fazer diferente. Nós temos o poder da escolha.
Mas, quem realmente quer?
Uma frase do filme “O Todo Poderoso”, com Morghan Freeman é a tradução exata para isso. O Jim Carrey, com os poderes de Deus autoriza a todos os pedidos recebidos nas orações, porque não dá conta de ler todas as petições e julgar cada uma delas. E causa o caos no mundo. E “Deus”, Morghan Freeman, vem e pergunta porque ele tinha feito aquilo e ele diz que achava que dizendo sim, estaria ajudando. Então “Deus” pergunta: “E desde quando o ser humano sabe o que quer?”
É isso! Será que sabemos o que queremos, “Mário Alberto”? Para quem viu o vídeo do “Porta dos Fundos”, é engraçado, mas reflete a realidade…. se você não viu, segue o link: (https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CC0QtwIwAA&url=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3D6EYmKAs7mzc&ei=nTCNUtqNGYjgsATc1YH4Dg&usg=AFQjCNEn_6Qwx7EPcg22EASmV1M-_Ohnow&bvm=bv.56643336,d.cWc).
Enfim, tenho buscado essa reflexão, pois desde pequeno, quando comecei a entender que era gay, pensava que queria ser apenas um homem, que gostava de outro homem, e que teria uma família composta por dois homens, masculinos, com roupas, jeitos e trejeitos de homem, como na música do Renato Russo: “O Mundo Anda Tão Complicado”… Acho que ele já fazia essa reflexão…. (https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&ved=0CDQQtwIwAQ&url=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DXG9wIKAiJ_Q&ei=OjGNUrDSDeWvsQTb3ID4Bg&usg=AFQjCNEjWv7qxHzp8jrW2-5EPLf7a0gN_A&bvm=bv.56643336,d.cWc)
Bem, como disse, esse é o meu muro das lamentações!
Um abraço,
Jr.
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